quinta-feira, 13 de maio de 2010

Psol do Amapá desmente aliança com PMDB de Sarney

Cláudio Leal

Não, não é verdade que o PSOL vai se aliar ao PMDB de José Sarney no Amapá. Sim, houve um elogio do senador peemedebista Gilvam Borges aos companheiros socialistas, mas esse olhar não vai dar namoro. “A possibilidade de aliança com o PMDB é zero”, desfaz o ex-deputado estadual Randolfe Rodrigues, pré-candidato do Psol ao Senado.

Em entrevista ao Terra, Rodrigues esclarece que as notícias sobre o inusitado casamento estão equivocadas. “Na última semana, Gilvam deu uma entrevista a um jornal local e fez elogios a meu respeito. Elogio, a gente recebe, mas não há possibilidade de estarmos juntos. Nem os eleitores do Psol entenderiam, nem os do PMDB”.


Ele ressalta, porém, a existência de bom relacionamento com o pré-candidato do PTB ao governo, Lucas Barreto, um dos ungidos pelo grupo de Sarney à chapa majoritária. “Lucas foi eleito presidente da Assembleia do Amapá com o apoio de vários partidos e representou um movimento bom. Conseguiu resgatar o Legislativo, depois de um escândalo absurdo de corrupção”, afirma.

A prioridade dos socialistas é manter a frente que “disputou a prefeitura de Macapá em 2008 e perdeu a eleição por 1,5%”, diz a liderança do Psol. A chapa de esquerda esbarrou no veto do ex-senador João Capiberibe, do PSB. “Já ouvimos deles que não aceitam o PSOL na candidatura majoritária, nem mesmo ao Senado”, acrescenta Rodrigues.

O ex-deputado estadual avalia que Sarney “tem um papel de influência decisivo” no pleito estadual. Apesar de ser líder político do Maranhão, o ex-presidente da República adotou o Amapá como segunda capitania desde 1990, ano em que se elegeu senador.


“Em Macapá, quem puxou todos os movimentos de rua contra Sarney fomos nós. Fizemos abaixo-assinado, o primeiro adesivo de carro… Além disso, a direção nacional do partido não permitiria essa aliança. Ainda não sei qual será o papel de Sarney no primeiro turno. Talvez ele não precise intervir de imediato”, opina Randolfe Rodrigues, que volta a lamentar: “A frente Psol-PSB representou uma ameaça pro Sarney. Isso não interessa mais ao PSB”.

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