quinta-feira, 20 de maio de 2010

O CAOS DA SEGURANÇA PÚBLICA NO ESTADO DO AMAPÁ

(Reeditado)Do Blog do Israel Monteiro Jr:

As imagens falam por si só, mas vale ressaltar que as fotos não foram tiradas em uma grande metrópole. As imagens são na verdade o retrato da segurança pública no Estado do Amapá, entenda prezado leitor que minha intenção não é desmerecer nossos profissionais que atuam nesta seara, mais sim enfatizar o descaso com a segurança dos cidadãos amapaenses. Pois as nossas polícias possuem um quadro de profissionais extremamente competente, porém a vida de cada um desses profissionais, não se limita somente aos quartéis e delegacias de polícia, a verdade é que não dá pra fazer um policiamento ostensivo de qualidade se não tem nem viatura, e as poucas que tem estão eivadas de avarias, ou até mesmo falta combustível para colocar a viatura para rodar, ademais, há de se ressaltar a falta de estrutura de nossas polícias, e você sabe qual a desculpa do governo para esse fato? O mesmo juntamente com o ex-governador, atualmente candidato ao senado, alegam que passaram sete anos no poder executivo só tapando as brechas deixadas pelo nosso ex-governador, porém, enquanto os mesmos se escondem atrás de desculpas esfarrapadas, o cidadão amapaense que trabalha para arranjar o seu sustento, tem que ir para trás das grades, enquanto o infrator circula livremente, isto parece até um paradoxo, mas as imagens não me deixam mentir ou ser parcial, portanto povo amapaense, precisamos mostrar que temos consciência e atitude nas urnas, momento singular e secreto em que o eleitor, prova para esses crimonosos que o poder emana do povo. Vejam essas imagens:

Estabelecimento comercial em Santana, nos dias últeis, o trabalhador dono do mercantil abre as duas portas, porém nos fins de semana e feriados, abre somente uma porta, uma de manhã(SEM a grade) e outra à noite(COM a grade), pois já foi vítima de mais de 5 assaltos, sendo que no último levou um tiro de raspão, seus filhos já vivem traumatizados, porém o mesmo não possui outro ganha pão.







Como você pode ver já existe o toque de recolher no Estado do Amapá, pois às 21h00min, esse trabalhador tem que colocar essa grade para garantir sua segurança e de sua família.








Imagine agora que em 2006 ano da reeleição do nosso ex-governador, o dinheiro investido em segurança pública não era nem a metade do orçamento destinado para o setor de propaganda.


O comerciante relatou que a 10 anos atrás a realidade era outra, pois era o bandido que vivia atrás das grades, e não o trabalhador.


Você acha que as fotos foram tiradas em uma metrópole do sul ou sudeste do nosso país? Não, este é um retrato comum nas ruas de Macapá e Santana, principalmente nos mais afastados do centro, em Macapá no bairro do zerão os comerciantes não tiram as grades nem a luz do dia, em Santana essa realidade não muda muito.


É difícil imaginar que chegamos a esse ponto, mas acredite, pois essa é a mais pura realidade.

Lucas Barreto não apóia Gilvam Borges para o Senado

No twitter o petebista disse que só tem um candidato ao Senado que é Randolfe Rodrigues

Por Heverson Castro

O pré-candidato ao governo do Amapá, Lucas Barreto (PTB-AP), que anda fora dos holofotes da mídia amapaense, apareceu na noite desta terça-feira, 18, no twitter usando o perfil da blogueira Alcilene Cavalcante (@alcileneblog), onde revelou que só tem um candidato ao Senado, que é Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

Apesar de Gilvam Borges (PMDB-AP) ter declarado publicamente apoio ao nome de Lucas Barreto para o governo do Estado, o petebista disse que a aliança com os peemedebistas não está fechada. “Pode ser que haja aliança com o PMDB. É um grande partido e é Vice de Dilma, a quem nós apoiamos”, disse Lucas.

O questionamento dos internautas sobre a possível aliança PMDB/PTB foi levantada em decorrência da ligação forte do ex-deputado Lucas Barreto com o presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) e o envolvimento do petebista nos atos secretos do Senado.Ao ser questionado sobre o papel que Sarney exerce no Amapá respondeu atacando o Presidente Lula e o PT “Sou amigo do Sarney, mas não respondo por seus atos. Quem mais defende o senador Sarney é o Lula e o PT”, rebateu.

Em relação ao Senado, Lucas Barreto desprezou totalmente o nome do Senador Gilvam Borges (PMDB-AP) e foi mais além. “Só tenho uma opção para o senado. Meu candidato ao senado é Randolfe. Com ou sem coligação”, ressaltou o petebista.

Na sabatina, Lucas Barreto foi muito questionado porque usava o perfil de outra pessoa, e disse que nesta quinta-feira, 20, estará criando o seu próprio perfil no twitter e estará aberto ao debate no microblog.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

GOVERNO DO ESTADO E MAIS UM DESCASO COM A SAÚDE DO POVO AMAPAENSE


Voce sabia que o Município de Santana foi contemplado com a Construção de uma Unidade de Saúde desde 2003? Não? Então Vamos aos fatos:

Trata-se do Convênio 1915/2003, entre o Governo Federal através do Ministério da Saúde, e o Governo do Estado do Amapá:



Com o valor de R$ 2.872.469,00.
De acordo com o Portal da Transparência, do Governo Federal, este Convênio data do dia 31/12/2003, com fim da vigência datada para o dia 06/10/2010.
Na placa do GEA o prazo é de 240 dias, ou seja, pela previsão do governo, era para a obra ter sido concluída em 8 meses, que coincidiria com a data 31/08/2004.
Mas vejamos como está o andamento das obras:




Esta é a parte mais visível para qualquer um que passa ao lado do que hoje é a maternidade de Santana.
Mas andando um pouco mais em frente...

Descobrimos NOSSA UNIDADE DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE SANTANA!!!




Percebam através da foto,que este que vos escreve ainda estava um pouco longe, então resolvi ir até lá, e olha só o que encontrei no caminho:

ESGOTO A CÉU ABERTO!





ARMAZENAGEM IMPRÓPRIA!



Depois disso consegui “contemplar” nossa Unidade de Saúde de Santana:














As imagens falam por si só...
O que poderia ser uma grande benefício para a população santanense, se mostra como um local propício a marginalidade, consumo de drogas, quem sabe até um local onde ocorram estupros...
E o governo mantém a obra parada...
Muita tristeza eu senti no momento em que presenciei este fato lamentável para todos nós que clamamos por um sistema de saúde digno...
Mas quando pensei que tinha visto tudo...



Não dava para ver direito, mas pelo fedor...



Uma fossa transbordante!
Que fato lamentável: este é um local onde deveria ter um alto nível de higiene, porém está aí o retrato do abandono, do descaso das autoridades com todos nós!

Depois disso pude ter um outro ângulo da obra da nossa Unidade de Saúde:


Neste momento parei um pouco pra pensar... e imaginei esta Unidade funcionando... quantas vidas poderiam ser salvas... se os gestores tivessem compromisso...
Senti uma tristeza imensa no meu coração...


Que “ser humano” é esse que não faz seu dever? Que “gestor” é esse? Que a cada dia que passa mata um cidadão amapaense...
Me pergunto pra quê? Pra que alguém se candidata se não quer fazer algo pelo povo? Será que pensou em si mesmo? No “poder”? Será que conseguiu ser tão egoísta? Tão imaturo? Tão covarde?
Lembro-me do caso da Maternidade Mãe Luzia...
57 mortes só neste ano...
Descaso relatado à nível Nacional!
Mas no que depender de mim, isso não será mais assim.
Estarei ofertando denúncia no MP nos próximos dias.
Estarei fazendo meu papel de Cidadão.
Cidadão Consciente.
Inconformado com a atual realidade que vive o povo amapaense.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Psol do Amapá desmente aliança com PMDB de Sarney

Cláudio Leal

Não, não é verdade que o PSOL vai se aliar ao PMDB de José Sarney no Amapá. Sim, houve um elogio do senador peemedebista Gilvam Borges aos companheiros socialistas, mas esse olhar não vai dar namoro. “A possibilidade de aliança com o PMDB é zero”, desfaz o ex-deputado estadual Randolfe Rodrigues, pré-candidato do Psol ao Senado.

Em entrevista ao Terra, Rodrigues esclarece que as notícias sobre o inusitado casamento estão equivocadas. “Na última semana, Gilvam deu uma entrevista a um jornal local e fez elogios a meu respeito. Elogio, a gente recebe, mas não há possibilidade de estarmos juntos. Nem os eleitores do Psol entenderiam, nem os do PMDB”.


Ele ressalta, porém, a existência de bom relacionamento com o pré-candidato do PTB ao governo, Lucas Barreto, um dos ungidos pelo grupo de Sarney à chapa majoritária. “Lucas foi eleito presidente da Assembleia do Amapá com o apoio de vários partidos e representou um movimento bom. Conseguiu resgatar o Legislativo, depois de um escândalo absurdo de corrupção”, afirma.

A prioridade dos socialistas é manter a frente que “disputou a prefeitura de Macapá em 2008 e perdeu a eleição por 1,5%”, diz a liderança do Psol. A chapa de esquerda esbarrou no veto do ex-senador João Capiberibe, do PSB. “Já ouvimos deles que não aceitam o PSOL na candidatura majoritária, nem mesmo ao Senado”, acrescenta Rodrigues.

O ex-deputado estadual avalia que Sarney “tem um papel de influência decisivo” no pleito estadual. Apesar de ser líder político do Maranhão, o ex-presidente da República adotou o Amapá como segunda capitania desde 1990, ano em que se elegeu senador.


“Em Macapá, quem puxou todos os movimentos de rua contra Sarney fomos nós. Fizemos abaixo-assinado, o primeiro adesivo de carro… Além disso, a direção nacional do partido não permitiria essa aliança. Ainda não sei qual será o papel de Sarney no primeiro turno. Talvez ele não precise intervir de imediato”, opina Randolfe Rodrigues, que volta a lamentar: “A frente Psol-PSB representou uma ameaça pro Sarney. Isso não interessa mais ao PSB”.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

AGURDEM...

Dentro de 48 horas será denunciado aqui neste blog mais um descaso do governo com a saúde pública amapaense.

Justiça concede liminar para Nogueira e o mantém no cargo de prefeito

O presidente do TRE, desembargador Luiz Carlos Gomes publicou decisão acatando o recurso dos advogados do prefeito de Santana, Antônio Nogueira, concedendo liminar com efeito suspensivo da decisão do colegiado da corte eleitoral.

Ou seja, Nogueira permanece no cargo de prefeito.Para tristeza de jornalista puxa-saco cara-de-pau...

Comentário: É incrível o fato da "imprensa chapa-branca" gostar de falar mal do prefeito Nogueira, e se "esquecerem" que WG, no momento da crise não estendeu em nunhum momento a mão para o povo santanense, tanto que no ano passado só houve repasse para o carnaval... E mais, se esquecem que o primo do agora ex-governador, já foi cassado seis vezes!!! Isso chega a dar nojo, pois apostam na idéia de que "a mentira repetida várias vezes soa como verdade". Deixam de lado os anseios da população, trocando sua própria dignidade, desonrando a profissão de jornalista, o princípio da imparcialidade, entre outras coisas, preferem colocar uma venda nos olhos sobre a saúde do nosso estado(vergonha a nível nacional), sobre o rombo de 200milhões da educação, rombo na AMPREV, no setor de infra-estrutura...
Ou seja, trabalho é o que não falta, o que falta é deixar de pensar pensar em si mesmo(egoísmo, egocentrismo, mesquinharia), e tomar vergonha na cara, pra fazer o que deve ser feito, o que é correto, fazer justiça.

O papel da imprensa não é "abafar o caso", e sim divulgar para que toda população saiba o que acontece em nosso Estado.

Espero que isso não se torne apenas um sonho deste que vos escreve. Pois sou um cidadão como qualquer outro, que clama por verdade e por justiça.

Deu no Blog do estadão – Candidato apoiado pelo PMDB no Amapá foi nomeado por ato secreto em 2007


O presidente do Senado, José Sarney (AP), segue no malabarismo político que o obriga a duas campanhas: a do Amapá e a do Maranhão. No Amapá, ele articula uma aliança entre PTB e PMDB, da qual deve emergir como candidato ao governo o ex-deputado Luiz Cantuária Barreto (PTB).

Barreto é candidato em aliança com Gilvam Borges e apoio de Sarney. Fotos: AL-AP, ABr e Joedson Alves/AE
Que vem a ser o mesmo Lucas Barreto, nomeado por um dos mais de 600 atos secretos, para o Conselho Editorial do Senado, entre 2007 e 2008, com salário de R$ 7 mil. Nessa época, sustentado pelo Senado, fazia sua campanha a prefeito de Macapá, mas foi o terceiro colocado.

Na ocasião, ao se defender, Sarney disse não conhecer Luiz Cantuária Barreto, que constava como funcionário do Senado, nomeado por ato secreto.

Depois divulgou nota oficial explicando que o conhecia como Lucas Barreto e, por isso, negara vínculo com o nomeado.

Mas, desfeita a confusão, tudo ficou por isso mesmo. Lucas ou Luiz Cantuária, que são a mesma pessoa, foi nomeado por ato secreto e não se falou mais nisso.

Agora, ele é candidato com apoio de Sarney, numa aliança com Gilvam Borges, que tenta a reeleição ao Senado.

“Praticamente as coisas estão encaminhadas nesse sentido”, disse Gilvam numa entrevista a uma rádio local.

No Senado, Gilvam integrou a tropa de choque de Sarney quando este se viu às voltas com o Conselho de Ética em função do escândalo dos atos secretos.

Sarney tenta uma chapa forte no Amapá para impedir a eleição de João Capiberibe, ex-senador cassado sob acusação de compra de votos, cuja vaga foi ocupada por Gilvam, segundo colocado nas eleições de 2002.

No Maranhão, Sarney enfrenta a oposição do PT a uma aliança que dê a Dilma Rousseff palanque único com a candidata do PMDB, Roseana Sarney.

O PT estadual prefere o candidato do PC do B, Flávio Dino, contra a vontade do presidente Lula.

Dino, terceiro colocado nas pesquisas, já tem um acordo com o segundo, Jackson Lago (PDT), de um a aliança no segundo turno contra Roseana.

A oposição a Roseana explora, nesse momento, o indiciamento de Fernando Sarney, pela Polícia federal, sob acusação de evasão de divisas.

A PF apurou que Fernando remeteu U$ 1 milhão para a China , numa operação não declarada à Receita.

No Twitter:

"Pelo visto meus antigos amigos de 2008 resolveram me eleger como inimigo. Mas não responderei. A minha história fala por mim. Esta é a melhor resposta”
(Ex-deputado Randolfe Rodrigues, pré-candidato ao Senado pelo PSOL)

terça-feira, 11 de maio de 2010

Caso "Maternidade Mãe Luzia 2"

Os Ministérios Públicos Estadual e Federal ingressaram hoje com ação civil pública contra o Estado e a União por causa da morte de mais de 200 bebês na Maternidade Mãe Luzia, a única maternidade pública que existe no Amapá.
A ação visa obrigar o Estado e a União a reformarem a maternidade, dotá-la de equipamentos e medicamentos, resolver o problema da falta de profissionais e indenizar as famílias cujos bebês morreram por falta de aparelhos e equipamentos que poderiam ter salvo suas vidas, como um simples respirador.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Caso "Maternidade Mãe Luzia"

Publicado em 04/05/2010 por emanoelreis

A estratégia é desqualificar a reportagem do Fantástico

“Sofistas de aluguel” estão empenhados em encobrir a verdade

É incrível, mas há quem esteja trabalhando intensamente nos bastidores para que não se comente mais sobre a reportagem exibida pela TV Globo, no Fantástico de domingo, 2 de maio, que tratou das mortes de recém-nascidos na Maternidade Mãe Luzia. Inclusive, radialistas estão afirmando que a reportagem do Fantástico exagerou “e que em alguns trechos a verdade foi omitida”, que mostrou “apenas” o aspecto negativo do Amapá, que poderia ter sido diferente.

Um desses locutores, até recentemente contemplado pelo governo estadual com cerca de R$ 6 mil/mês pagos por uma agência de publicidade que prestava serviço para o ex-governador Waldez Góes, lançou mão de um estratagema mais do que antiquado, porém, ainda funcional, o de confundir o ouvinte/leitor. Ou seja, a manobra consiste em reduzir a importância do assunto tratado com base no silogismo erístico. Trata-se de uma falácia , um argumento construído sobre falsas verdades. Em bom português é o seguinte: embora o sujeito saiba que determinado assunto é verdadeiro, que realmente vem acontecendo (como é o caso da Maternidade Mãe Luzia), sub-repticiamente ele desconstrói aquela verdade com os seguintes argumentos:

“Há muito tempo a maternidade não passa por ampla reforma”

“Atende mais do que sua capacidade permite”

“Ela vive superlotada. Seus pacientes são do Amapá, e, também do Pará”

“Os equipamentos estão obsoletos”

“Há poucos médicos”

“Faltam medicamentos”

“Tem gente que adora ver o circo pegar fogo”

“O Amapá só aparece quando tem desgraça”

“As coisas não são como o Fantástico mostrou”

“A reportagem é mentirosa”

Enfim, nos últimos dias essas e outras barbaridades foram usadas em profusão nos programas “radiofônicos” matinais. Muita gente que se deixou levar pelos “sofistas de aluguel” ficou convencida de que realmente o Fantástico exagerou. E que o problema não é tão feio como o “Diabo” mostrou. Entretanto, eles não completam os argumentos porque obrigatoriamente teriam de explicar que a maternidade não é reformada, que seus equipamentos são arcaicos, que faltam médicos e medicamentos porque a corrupção deslavada grassou livremente no subsolo da Secretaria de Estado da Saúde do Amapá (Sesa), resultando no desvio de mais de R$ 40 milhões. E que essa pilhagem se alastrou de 2003 até os dias atuais.

E ninguém escapou. Por exemplo, cerca de dois anos atrás um enorme escândalo foi abafado quando aterrizou na mesa de um conselheiro do TCE o resultado de ampla auditoria contábil realizada nos porões da Secretaria de Estado da Saúde do Amapá. Foi descoberto que o sobrinho de uma alta autoridade do Estado tinha participado de uma licitação para imprimir material gráfico para a Sesa (cartazes, folhetos, manuais, folders, etc.) com três firmas localizadas no mesmo endereço, em Belém (PA). E ele vinha faturando, de forma fraudulenta, milhares de reais. Imaginem o que aconteceu?

Exatamente, meu caro/minha cara! Por isso, alguns radialistas/jornalistas ou jornalistas/radialistas (tanto faz, tanto fez) não completam os argumentos. E por que?Simples: estão comprometidos até a “planta” do pé. E quando a Imprensa (mesmo que seja uma minúscula parte dela) curva-se ao manda-chuva de plantão, qualquer que seja ele, quem sofre as consequências de tamanho servilismo é a população de média e baixa rendas cujo acesso à informação, às vezes, está restrito somente às mídias rádio e televisão.

Quer um exemplo de silogismo erístico? Leia, novamente, a NOTA DE ESCLARECIMENTO emitida pela Sesa na segunda-feira, 3 de maio. Na terça-feira de manhã quase todos os programas de rádio a repercutiram sem qualquer debate sobre seu teor altamente duvidoso.

“NOTA DE ESCLARECIMENTO"

Sobre a reportagem veiculada no programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, no último domingo, envolvendo a Maternidade do Hospital da Mulher Mãe Luzia, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) esclarece o seguinte:

A Maternidade Mãe Luzia é a única unidade de referência em ginecologia e obstetrícia no Amapá, atendendo 700 mil habitantes do Amapá emais de 200 mil pessoas oriundas de comunidades ribeirinhas paraenses. Nesta condição, enfrenta problemas de excesso de demanda, com seus conseqüentes problemas;

A reportagem menciona que a taxa de óbitos neonatais da maternidade é cinco vezes superior à média nacional. A comparação é falsa, visto que a Maternidade Mãe Luzia trabalha com partos de médio e alto risco, enquanto a média nacional envolve partos de baixo risco;

Dados do Departamento de Estatística da Maternidade Mãe Luzia, desde o ano 2000, mostram que a taxa de mortalidade neonatal tem decaído consideravelmente no Estado do Amapá, apesar do aumento da demanda;

A Secretaria de Saúde está fazendo adequações no Plano Diretor do Hospital da Mulher, com o objetivo de aumentar o número de leitos da Maternidade;

Visando suprir a demanda crescente, o Governo do Estado assinou recentemente convênio com a Prefeitura de Macapá, para garantir a retomada das obras do Hospital Regional, que terá 36 leitos de maternidade, que suprirão a demanda da Zona Norte;

O projeto de um novo hospital, que abrigará uma ala com capacidade para 126 leitos de maternidade, já está concluído. Ele será financiado com recursos do BNDES, e aguarda aprovação do Legislativo estadual;

A Sesa reafirma seu compromisso com os usuários do SUS no Amapá e, nesta condição, repudia qualquer politização relacionada à saúde pública amapaense”.


Leia, em seguida, matéria veiculada pela Agência Folha:

Ministério Público investiga 57 mortes de bebês em maternidade de Macapá

04/05/2010 – 15h10 | da Folha Online

A única maternidade pública de Macapá, Mãe Luzia, registra 57 mortes de bebês entre os 1.755 que nasceram este ano. O Ministério Público do Amapá investiga a situação do local que atende 16 municípios do Estado, além de oito do Pará, mas conta com somente sete leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com respiradores artificiais.

Segundo o diretor da maternidade, Dílson Ferreira da Silva, o hospital tem um alto índice de mortalidade de bebês com até um mês de idade porque recebe muitas mães jovens que não fazem o pré-natal. “Temos um alto índice de gravidez precoce, de meninas de até 13 anos e muitas não fazem o pré-natal. Em consequência disso, elas desenvolvem alguma complicação que leva à prematuridade extrema dos bebês.”

De acordo com ele, outra causa para o elevado índice de óbitos é que a unidade atende casos de extrema complexidade. “Somos uma unidade de referência para atendimento pelo SUS [Sistema Único de Saúde] e a única do estado que faz procedimentos de alto e médio risco”, destaca.

Só este ano a taxa de mortalidade na Maternidade Mãe Luzia chegou a 32 bebês em cada mil nascidos. Em 2009, o índice verificado em todo o estado do Amapá foi de 16,6, pouco acima da média nacional, de 13,9, segundo dados do Ministério da Saúde. Só entre os dias 5 e 8 de fevereiro, nove bebês morreram no hospital.

A gravidade da situação levou um grupo de mães de Macapá a procurar a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Amapá. A entidade encaminhou a denúncia ao Ministério Público do estado, que pediu a abertura de inquérito policial e investiga a situação da maternidade. “Inicialmente queremos que a situação seja resolvida rapidamente para depois responsabilizarmos os culpados”, afirma o promotor Alb erto Eli Pinheiro.

Para ele, o problema de falta de médicos e infraestrutura não ocorre somente na Maternidade Mãe Luzia. “A saúde do Amapá em geral está muito precária. Faltam, principalmente, médicos porque o estado não forma profissionais suficientes e temos que esperar que eles venham de fora.”

Segundo o Ministério da Saúde, até o início da manhã desta terça-feira não houve registro de pedido de intervenção federal na saúde do Amapá. A assessoria de imprensa da pasta informou que no ano passado foram repassados R$ 66,8 milhões para investimentos em ações de alta e média complexidade no estado. Segundo o ministério, o valor representa um salto de 4.475% se comparado à verba de R$ 1,46 milhão repassada em 2002. A pasta informou ainda que esse aumento foi 18 vezes maior para o Amapá em relação aos demais Estados.

Governo Waldez deixa 400 milhões em dívidas no Setor de Infra-Estrutura

Por Eduardo Neves

Esta informação veio a público na manhã desta quarta-feira, 05, durante entrevista do presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Amapá (SINDUSCON/AP), Roberto Luiz Chaves de Souza, no programa radiofônico “Café Com Notícias”.

De acordo com o presidente do SINDUSCON, o governo do Estado não paga há oito meses às empresas que prestam serviços na área da construção civil. “É impressionante, só no setor de infra-estrutura está girando em torno de R$ 400 milhões de reais, isso um primeiro número colocado pelo próprio secretário Monterrozo”, afirma Roberto.

Obras e reformas paradas como é o caso da biblioteca pública Elcy Lacerda, da Escola de Música Walkíria Lima, Cândido Portinari, Feira do Pescador, Feirão do Produtor, Estádio Zerão e rodovia Tancredo Neves, estão paradas porque o governo não tem dinheiro para pagar as empresas do setor da construção civil. “Uma gestão de governo que o setor entrou em crise de proporções incalculáveis”, ressaltou.

Na mesma entrevista, o presidente da SINDUSCON informou que recentemente, tiveram reunidos em Brasília com a bancada Federal, uma comitiva de 20 empresários do setor, para verificar uma saída para tentar amenizar os pagamentos atrasados. “Inclusive o presidente Sarney se prontificou e eu acredito que tenha interagido com o BNDS, para viabilizar o empréstimo”, afirmou Roberto, levantando preocupação se o empréstimo não sair. “As outras alternativas, seriam as verbas de bancada, mas pelo prazo da lei eleitoral nem podemos nem sonhar com essa expectativa”, disse Roberto.

Na avaliação do empresário, houve falta de planejamento na execução das obras no governo Waldez Góes (PDT-AP). “Eu acredito que o gestor que saiu perdeu totalmente o controle do planejamento estratégico do seu governo. Só pra se ter uma ideia no último dia da saída do gestor Waldez Góes estavam assinando contratos de obras com recursos do tesouro. Então pra ver o nível de irresponsabilidade e de controle que o Estado estava sendo gerido”, acrescentou.

Com a crise no setor da construção civil por conta de atraso de pagamento do governo Estadual está havendo demissão em massa. “E você sabe que a Justiça do Trabalho não quer saber se o governo não paga”, alertou.

Para o deputado estadual Camilo Capiberibe (PSB-AP) é uma irresponsabilidade administrativa do governador do Amapá, Pedro Paulo Dias de Carvalho (PP-AP), tentar esconder a crise financeira que passa o Estado. “Enquanto o governador se cala para preservar o nome de Waldez, deixa de encaminhar as soluções necessárias para mudar a atual situação de crise financeira que vive hoje o Estado. O Governador Pedro Paulo precisa dar uma resposta para a sociedade”, desabafa Camilo.

Considerações sobre alianças do PT no Amapá:

Por Lourival Freitas


Considerações sobre as alianças no Amapá (2010)


Quando, no início de 2006, o PT decidiu participar do governo Waldez (PDT), escrevi minha opinião e enviei para vários companheiros no Amapá.


A participação no governo, ocupando alguns espaços nas secretarias e principalmente na CEA, significava tacitamente um apoio à reeleição do Waldez.


Aquela situação nos engessava e nos impedia de seguir outro rumo caso não fosse possível uma coligação formal com o PDT, devido as restrições da legislação eleitoral (verticalização). O meu temor era que o PT ficasse sem alternativa e tivesse que, de última hora, improvisar uma candidatura ou disputar apenas as eleições proporcionais.


De fato o PDT lançou Cristovam Buarque como candidato a presidente, portanto inviabilizando a coligação com PT, pois Lula era o nosso candidato.


Aconteceu pior do que eu temia. O PT, impedido de coligar com o PDT, mas já tendo o compromisso de apoiar o Waldez, resolveu de forma magistral lançar um candidato laranja chamado Erroflyn. Nem o verdadeiro astro conseguiria convencer a população da seriedade da sua candidatura. Ele fingia que era candidato enquanto a direção do partido e os ocupantes de cargos no governo, participavam dos eventos da campanha do Waldez.


O Erroflyn é o símbolo do papel secundário e subalterno que o PT começou a desempenhar desde a eleição de 2006.


É incompreensível que depois de elegermos os prefeitos de Macapá, Santana e Serra do Navio, em 2004, e ocuparmos um espaço importante na política local e nacional, fossemos obrigados a aceitar uma rendição do PT aos interesses pessoais de alguns mandatários que pensando no imediatismo de seus mandatos, condenaram o partido a um papel auxiliar dos interesses do PDT, comprometendo o futuro do Partido.


Este fato é a demonstração clara que passou a vigorar a lógica do salve-se quem puder, e como puder. Os interesses coletivos e partidários ficaram submetidos aos interesses individuais que, utilizando-se dos espaços no governo trabalharam apenas para a obtenção de um mandato, desvinculado de qualquer projeto coletivo e partidário. De fato, em 2006 reduzimos a nossa bancada a apenas um deputado estadual e uma deputada federal.


O desempenho pífio da candidatura do PT (Dalva) na eleição municipal de 2008, grande parte é reflexo do efeito Erroflyn. Muitas vezes fui questionado se a Dalva não seria o Erroflyn II. Será que ela não vai desistir para apoiar o Roberto? Se todos fazem parte do governo só podem estar fingindo ser candidatos, mas no final estarão todos do mesmo lado.


Na realidade o que a população percebeu era que o governo tinha 4 candidatos. O Roberto Góes era o principal e os demais coadjuvantes.


Como a eleição em Macapá historicamente sempre é polarizada entre um candidato do governo e um da oposição, o resultado não poderia ser diferente: o candidato Camilo Capiberibe, do PSB, disputou o segundo turno contra o candidato do governo Roberto Góes.


O apoio do PT ao candidato do governo, Roberto Góes, no segundo turno, só confirmou aquilo que a população já desconfiava, mostrou a impotência do PT e escancarou a nossa submissão a um projeto de poder dos deputados que comandam a Assembléia Legislativa do Estado.


Mesmo perdendo a prefeitura da capital, o PT ainda tem força em Santana, a segunda maior cidade do Estado, Serra do Navio e Ferreira Gomes. Este capital político não pode estar a serviço da reedição do papel lamentável que desempenhamos em 2006 e em 2008. Ou reagíamos agora ou estaremos condenados a ver um novo Erroflynn ( O retorno ) em 2010.


Participando de um bloco de aliança com o PDT e PP, ao PT estará reservado um papel subalterno na política local. Parece que nos contentamos apenas com os cargos que ocupamos na máquina estatal como se isto fosse a garantia de reeleger nossos dois parlamentares (Dalva e Joel). Não temos nenhuma referência de política pública que possamos demonstrar ao eleitorado como uma marca de nossa administração. Ao contrário, as referências que se fazem às administrações petistas são negativas.


A nossa política de aliança neste ano de 2010, não pode e não deve, se resumir a um ato de desespero para salvar os dois únicos mandatos parlamentares que nos restam. Sei que é cômodo para os detentores de mandatos parlamentares, ficarem quietos com os seus espaços no governo e apoiar o candidato que nos dá esta benesse. É tudo que nos resta?


Acredito que ainda temos força para buscar uma alternativa. Não acredito que nossos dirigentes estejam satisfeitos com a avaliação que se faz deste governo e com o resultado do nosso próprio trabalho participando desta administração. Quais os resultados que temos para mostrar para a população que justifiquem defender a continuidade deste governo?


Se quisermos recuperar o espaço e a importância política que já tivemos no Amapá, é preciso acreditar na nossa potencialidade, deixar de lado os ressentimentos e a tolice, e saber negociar com independência e altivez um papel mais digno e condizente com a nossa força e trajetória política, baseado num programa de desenvolvimento para o Amapá.


Brasília, 27 de abril de 2010.
LOURIVAL FREITAS

"O PT é mesmo um espanto!..."

Do sítio do Prosa e Política:

Através de Resolução, o PT chantageia governador

Adriana Vandoni

O PT é mesmo um espanto! Em Mato Grosso, por exemplo, o partido tirou o direito da atual senadora Serys de se candidatar à reeleição, o que eu achei de última, mas lendo o blog da Alcinéa Cavalcante ontem, vi que no Amapá o PT conseguiu se superar. Editou uma resolução coagindo o PP, partido do governador Pedro Paulo Dias de Carvalho, a decidir logo pela aliança com o PT para as eleições de 2010. Não satisfeitos na coação, na resolução, a Comissão Executiva do PT faz uma série de exigências que o governo deverá cumprir, como se a Executiva do partido fosse um órgão superior ao governo do Amapá.

Ao final da resolução, a chantagem fica explícita: “O Governo do PP deverá atualizar, até o dia 14/05/2010, o repasse dos recursos de todos os convênios pendentes, assinados pelo GEA com as prefeituras do Partido dos Trabalhadores. Em não se realizando esses pleitos, conforme deliberação do Encontro Estadual, o PT buscará a construção de aliança com o PSB e/ou PTB”. Simples assim.
Feio ficará se o governador obedecer o PT.

RESOLUÇÃO DO PT

RESOLUÇÃO DA COMISSÃO EXECUTIVA ESTADUAL DE 06/05/2010


A Executiva Estadual do Partido dos Trabalhadores em reunião extraordinária realizada as 19h00min do dia 06.05.2010, decidiu, em cumprimento à Resolução aprovada no Encontro de Tática Eleitoral, em razão de até esta data o Partido Progressista (PP) no Amapá não ter se manifestado quanto à aliança majoritária e proporcional visando às eleições 2010, assim como a manifestação oficial da permanência ou não do PT no Governo, que:

1- O PP, a partir desta data, passa a ter o mesmo nível de prioridade para fechamento de aliança para o pleito 2010, junto com o PSB e PTB desde que esses partidos continuem fazendo parte do arco de alianças que apóiam a candidatura Dilma Presidente, apresentem aliança proporcional que atendam aos interesses do Partido, assim como a disponibilização da indicação de candidatura a Vice-Governador, atendendo aos arts. 3º, 4º e 8º da referida Resolução; ainda assim, o Partido não cessará diálogo com o PP e continuará os entendimentos, conforme o cumprimentos dos itens que seguem;

2- O PT, no sentido de regulamentar sua participação no Governo, apresentará ao PP, partido do Governador, nomes para recomposição dos espaços que já ocupa, decidindo, nesta data, oficialmente participar do governo, desde que tal recomposição seja cumprida até a data de 14/05/2010, conforme indicações aprovadas pela Executiva Estadual, entendendo o PT, o silêncio, após essa data, como recusa de sua participação, pelo Governo;

3- Fica desautorizada qualquer liderança ou filiado, isoladamente, sem a anuência da Comissão Executiva Estadual, a participar de reuniões que tenham caráter deliberativo, junto ao bloco PT/PCdoB/PR;

4- O Governo do PP deverá atualizar, até o dia 14/05/2010, o repasse dos recursos de todos os convênios pendentes, assinados pelo GEA com as prefeituras do Partido dos Trabalhadores;

5- Em não se realizando esses pleitos, conforme deliberação do Encontro Estadual, o PT buscará a construção de aliança com o PSB e/ou PTB.

Macapá(AP), Sala de Reuniões do Diretório Estadual do PT, em 06 de maio de 2010.

Comissão Executiva Estadual